União Zoofila fabulosa e de facto bastante forte, mas sensibilizadora!Para mim os animais são importantes, muito importantes, acredito que para uns seja uma paixão e para outros nem sequer os incomode, até aí posso aceitar, mas o que não aceito é que essa gentinha pequenina e mediocre que vai as lojas de animais comprar cachorrinhos e gatinhos para dar aos filhos, porque senão os meninos fazem uma birra (que quanto a mim se curava com 2 pares de estalos bem dados) e que depois quando eles começam a dar trabalho, a crescer, a roer as coisas, e sobretudo quando a familia quer ir de férias, os ABANDONEM, os deixem PARA TRÁS, parte-me o coração, dá-me vontade de adoptar todos os cães abandonados que vejo (claro que estou a ser lírica)! Fico realmente muito danada com estas pessoas, que são capazes de os abandonar, mesmo olhando para eles nos olhos e vendo aquela expressão terna e meiga no olhar deles, acho isto de uma crueldade e frieza tal, que estes que os abandonam mereciam o mesmo, ficar amarrados a uma corda no quintal ao sol, sem comer nem beber durante duas ou 3 semanas no verão, para sofrerem exactamente o que fazem os nossos animais sofrer! Quando se fala de abandono lembro-me do meu falecido caozinho, o meu "amigo" (era o nome dele) que sempre foi tratado como meu irmao de verdade, pra mim ele era uma pessoa, falava com ele como se ele realmente o fosse. A história dele é bem engraçada, e longa, mas resumidamente ele vivia no alto alentejo em más condições dentro de um palheiro, dormia com uma mula (sempre se aquecia e tinha uma amiga) comia uma fatia de pao ou 2 por dia e bebia água, até que certo dia abandonou os seus donos e apareceu la na aldeia onde passavamos os fins de semana, ele simpatizou conosco, em especial com o meu pai, demos-lhge comida e demos-lhe banho, mas ele assustou-se e fugiu, não estava habituado a festinhas nem a carinhos nem tao pouco a um tratamento daqueles, estivemos o sabado e o domingo quase todo o dia preocupados com ele, mas ao final da tarde de domingo, quando estávamos a arrumar as coisas no carro para virmos embora para Lisboa, ele aparece, senta-se a porta de casa a olhar para nós com aquele ar (que quando me lembro me dá um arrepio) e entretanto um dos senhores que la vivia disse-nos, se gostam dele levem-no porque para a semana quando voltarem ele já ca não esta, e assim foi, pusemo-lo dentro do carro, foi sentado a frente aos pés da minha mãe, pensámos que ele não iria conseguir fazer a viagem e que se ele fosse a sofrer voltariamos para trás e o deixariamos la na aldeia, pois alguem o haveria de acolher, mas não, ele sabia que era o bem dele e a felicidade dele que estava em jogo, e fez toda a viagem para Lisboa enroscadinho no chão do carro, quando chegámos ele estava meio assustado, mas logo depois se pôs a vontade, e foi o dono e senhor da nossa casa, dormia na sala em cima do sofá, tinha 1 cobertor e uma almofada só pra ele, no inverno dormia com aquecedor ou com lareira acesa da sala assim aqueciamos a casa e ele não tinha frio também, nas refeições, quando faziamos as churrascadas ao fim de semana, compravamos sempre carne pra ele, a qual não temperávamos para não lhe fazer mal, ele adorava andar de carro, passear e correr loucamente pela praia, era a grande paixão dele, o ar do mar...ELE FOI FELIZ conosco durante 15 anos e nós também fomos muito felizes com ele, no entanto ele já faleceu, faz no domingo dia 26 de julho 2 anos e se alguem pensa que o esquecemos, engana-se redondamente! Penso nele imensas vezes e nunca mas nunca esquecerei o meu grande "AMIGO"!!
1 comentário:
Nem me fales disto, acho REVOLTANTE abandonar os animais porque roem o sofá ou simplesmente porque "Ah e tal, queremos ir de férias". É futil, é hipócrita, é feio, é inqualificável!
Enviar um comentário